domingo, 18 de setembro de 2011

Reflexão: O Clamor dos Clamores




O clamor mais sofrido, mais sincero, mais existencial, mais constante, mais pessoal, mais urgente e mais metafísico é, em última instância, aquele que expressa o forte desejo de descobrir Deus e ter comunhão com ele.
Tamanho clamor aparece seguidas vezes na poesia do Antigo Testamento: “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Ó Deus, eu te busco intensamente. Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água.

Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória. O teu amor é melhor do que a vida! A minha alma anela, e até desfalece, pelos átrios do Senhor; o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo. Estendo as minhas mãos para ti; como terra árida, tenho sede de ti” (Sl 42.1-2; 63.1-2; 84.2; 143.6).

A sede de Deus está de tal modo enraizada na alma humana que os teólogos da Assembléia de Westminster, em Londres, encerrada exatamente há 360 anos, foram obrigados a declarar que “o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”.
Em ocasiões especiais, quando as miragens desaparecem, o desespero toma conta das emoções e o insuportável sentimento de solidão invade o ser - a pessoa está pronta para fazer o clamor dos clamores.

Se o sedento souber aproveitar essa oportunidade, ele terá vivido o momento mais importante de sua vida. Será saciado e reconciliado com Deus para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário